“Na época em que as cidades se desenvolviam em torno da praça central e em que as pessoas viviam dentro dos limites das sociedades regionais, a praça era o núcleo das comunicações. A catedral, o castelo e a prefeitura eram tanto os locais espirituais como os símbolos da vida urbana. Hoje, as comunicações libertaram a cidade dos liames de organização fechada e determinaram profundas modificações da sociedade.”
Kenzo Tange, 1960. Plano para Tóquio.
“Embora Tange não seja oficialmente um membro do grupo metabolista, seu projeto possui características comuns aos projetos metabolistas: a construção de densos agrupamentos humanos sobre paisagens ainda não urbanizadas; a organização da cidade como um sistema de infra-estruturas e edifícios vazios, a serem ocupados por apartamentos e células espaciais industrializadas escolhidas pelos usuários; a previsão de um tempo útil específico para cada componente da cidade – seu ciclo de vida – sendo as casas o componente de menor duração e a infra-estrutura o mais perene.” Citação da minha iniciação científica; é curioso como são raras as citações ao modo a estrutura de Tange seria ocupada. As vias estariam associadas a infraestruturas pesadas de longa duração, as lages e pilares dos edifícios seriam feitos de concreto e ocupadas por divisórias e cápsulas de plástico e outros materiais leves.