domingo, 14 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Arquitetura Japonesa!

Características marcantes da Arquitetura Japonesa

            Apesar da arquitetura atual japonesa estar globalizada e internacionalizada, ela ainda carrega fortes aspectos da estética nipônica tradicional. “São construções que se fecham para os espaços internos, recriam a estética dos jardins de contemplação e buscam a iluminação natural de forma controlada. Mesmo, aparentemente, a arquitetura atual ser totalmente diferente da arquitetura tradicional, na essência, guardam grande relação entre si”, conclui Otake.

Referindo-se somente à arquitetura nipônica palaciana, a mais conhecida no ocidente, ele diz que as características mais marcantes estão no processo construtivo, no uso dos materiais e na relação da construção com seu entorno. Estas construções, que em via de regra são abertas aos jardins de contemplação, cuja paisagem varia em cada estação do ano, são sempre estruturadas em madeira, para garantir uma melhor absorção dos movimentos em casos de terremotos, porém muito frágeis às guerras e incêndios, explica Otake.

Já na arquitetura contemporânea japonesa, assim como a americana, o uso de estrutura metálica é preponderante, apesar de arquitetos como Tadao Ando, entre os profissionais mais respeitados do mundo, autodidata, e outros, privilegiarem a plasticidade que o concreto permite”, ressalva Otake. Quanto aos tipos de técnica, também não há grande diferença em relação as aplicadas em construções americanas e européias. As etapas construtivas são industrializadas, utilizando alta tecnologia, e só empregam mão-de-obra especializada. O processo construtivo retrata a característica de seu povo: controlado, perfeccionista e simples.

Ou seja, a estética da arquitetura japonesa - cujas edificações com suas transparências através dos painéis de shoji, ambientes livres, edificações soltas do solo e jardins contemplativos -, tem sua correspondência na arquitetura moderna nas estruturas metálicas, espaços internos livres, vidro e soluções abertas para a paisagem.

Hoje, o Japão possui grandes arquitetos reconhecidos internacionalmente, como Shigeru Ban e Toyo Ito, os quais foram precedidos por um grande mestre da arquitetura moderna, Kenzo Tange. Depois da Segunda Guerra Mundial, Tokyo iniciou sua reconstrução comandada pelos novos arquitetos modernos que, além de Tange, contou com a colaboração de Junzo Sakakura e Kunio Mayekawa. A partir da década de 1960, Tange influencia uma geração de arquitetos como Kiyonori Kikutake, Kisho Kurosawa, Arata Isozaki e Fumihiko Maki, formando o grupo metabolista, que se inspirava no funcionamento vital e no entorno das edificações para o desenvolvimento de suas construções. O movimento metabolista foi crucial para a arquitetura moderna japonesa, dando embasamento às futuras gerações.

Fonte: http://www.amaisp.com.br/influencia13.html

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Morre arquiteto japonês Tange, criador do horizonte urbano do pós-guerra



Kenzo Tange teve grande importância no processo de urbanização pós-2ª Guerra do Oriente; veja imagens de suas criações
TÓQUIO, 22 mar (AFP) - O arquiteto japonês Kenzo Tange, cujos audazes e modernos desenhos deram forma ao mutável horizonte urbano do pós-guerra, morreu em sua casa nesta terça-feira aos 91 anos, informou a família.

Sua arquitetura, que pode ser contemplada em mais de 20 países, inclusive o aeroporto internacional do Kuweit, lhe valeu, em 1987, o prêmio Pritzker de Arquitetura, o mais respeitado desta área.

Nascido em Osaka, Tange se formou em arquitetura na Universidade de Tóquio e trabalhou no estúdio de Kunio Maekawa, um discípulo japonês do grande mestre de origem suíça Le Corbusier.

Enquanto lecionava na respeitada universidade, Tange deixou sua marca numa série de prédios públicos e complexos urbanos como o Parque da Paz, em Hiroshima (1955), e os escritórios governamentais do antigo metrô de Tóquio (1957).

Misturando funcionalismo e modernismo com a estética tradicional japonesa, Tange conquistou fama mundial com o desenho do Yoyogi National Gymnasium, sede dos Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio (1964).

O edifício futurista, de grande beleza, tem um teto suspenso apoiado em pilares exteriores aos muros, que se tornou o símbolo da rápida industrialização do Japão após emergir das ruínas da Segunda Guerra Mundial.

Tange foi responsável pelo plano mestre da Exposição Universal de Osaka de 1970, que contribuiu posteriormente para catapultar o Japão para o mundo industrializado.

Em 1980, Tange recebeu a Ordem da Cultura do Japão, entre vários prêmios recebidos tanto em seu país quanto no exterior. Ele também construiu o Palácio Nacional do Reino da Arábia Saudita e o UOB Plaza, de Cingapura.

O arquiteto montou seu próprio estúdio para trabalhar com arquitetos mais jovens, como Fumihiko Maki, Arata Isozaki e Kisho Kurokawa, que conquistaram posteriormente projeção internacional por méritos próprios.

Ele continuou na ativa nos últimos anos e desenhou o complexo da prefeitura de Tóquio, em 1991, descrito como a "torre dos impostos" por seu custo impressionante.

O complexo municipal, que se destaca a outros arranha-céus no agitado bairro de Shinjuku, foi objeto de elogios e críticas por seu desenho crítico, às vezes ligado a um chip de computador, que difere de seu estilo anterior.

Na sexta-feira será celebrado o funeral de Tange na catedral Saint Mary de Tóquio, também obra sua, desenhada em 1964.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2005/03/22/ult32u10814.jhtm

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Catedral de Santa Maria

Sua construção, colaboradores e fotos.


Em 1945 a catedral católica de Santa Maria datando de 1889, foi danificada pela guerra. Kenzo Tange obteve o primeiro lugar, num concurso feito em 1961 para a reconstrução da catedral. A nova catedral, contendo cerca de 1500 lugares, foi construída de 1963 a 1964, de acordo com o arquiteto chefe do arcebispo de Colônia, Wilhelm Schlombs e do engenheiro Yoshikatsou Tsouboi, conselheiro de Tange em numerosas construções. Entre os colaboradores de Tange, é preciso citar Max Lechner de Zurich.
Decidiu-se dar a esta obra o formato de uma cruz, sobre a qual se erguem as paredes formadas por oito parábolas hiperbólicas que se abrem no alto em forma de uma cruz luminosa cujos braços confinantes a janelas estreitas, se lançam de baixo para o alto. Esta nave romboidal é acompanhada de anexos retangulares que constrastam por sua forma com superfícies de alguma maneira simbólicas em uma igreja. Elas se ligam à nave por trâmites e plataformas, há ainda um pórtico com as fontes batismais. O campanário separado do conjunto ergue-se a 60 metros.
A nave não tem ornamentos: deixou-se o cimento aparente enquanto as superfícies exteriores são revestidas de aço inoxidável brilhante, o que dá particular saliência a esta catedral.
Comparando esta igreja com os pavilhões olímpicos de Tóquio, se percebe a importância das soluções com que se respondem às sugestões dadas.



MAIS FOTOS:






Fonte: Livro Kenzo Tange - Estudio paperback - Editora GG

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Biografia do Arquiteto Kenzo Tange

Arquiteto japonês nascido na pequena província de Imabari, na ilha Shikoku, criador de alguns dos mais ousados projetos arquitetônicos do Japão e vencedor do prêmio Pritzker de Arquitetura (1987). Formou-s4e em arquitetura na Universidade de Tóquio e trabalhou no estúdio de Kunio Maekawa, um discípulo japonês do grande mestre de origem suíça Le Corbusier. Enquanto lecionava na respeitada universidade, deixou sua marca numa série de prédios públicos e complexos urbanos. Seu primeiro grandioso projeto foi quando fez o Memorial da Paz de Hiroshima (1949-1955), que se tornou não só uma referência arquitetônica, mas um marco na consciência mundial, provando que a coexistência não só é possível como necessária, depois da cidade ter sido destruída pela primeira bomba atômica. Tornou-se conhecido no Ocidente ao projetar o Yoyogi National Gymnasium, sede dos Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio (1964), mesmo ano em que desenhou a catedral Santa Maria de Tóquio. Seus projetos posteriores caracterizaram-se por esse aspecto grandioso, combinando alta tecnologia com os princípios humanistas que moveram os primeiros arquitetos modernos. Sempre atento a questões urbanísticas, elaborou um plano para a Tóquio da segunda metade dos século XX que até hoje é modelo para metrópoles que crescem sem estrutura para absorver mudanças em seu perfil. Foi responsável pelo plano mestre da Exposição Universal de Osaka (1970), que contribuiu posteriormente para levar o Japão para o mundo industrializado. Recebeu a Ordem da Cultura do Japão (1970), entre vários prêmios recebidos em seu país e no exterior. Seu último projeto é a sede da TV Fuji, uma esfera gigantesca que flutua entre volumes retos. Morreu aos 91 anos, vítima de insuficiência cardíaca. Sua arquitetura, que pode ser contemplada em mais de 20 países, inclusive o aeroporto internacional do Kuait, que lhe deu o prêmio Pritzker de Arquitetura (1987), o mais respeitado desta área.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Oh que coisa difícil vos peço, meu Deus verdadeiro: que queirais a quem não vos quer, que abrais a porta a quem não vos chama, que deis saúde a quem gosta de estar doente e anda procurando a doença! Vós dizeis, meu Senhor, que vindes chamar os pecadores: são estes, Senhor, os pecadores verdadeiros. Não olheis a nossa cegueira, meu Deus, mas muito o sangue que o vosso Filho derramou por nós. resplandeça a vossa misericórdia, Senhor, que somos obra das vossas mãos."

                                                                                                                           Santa Teresa de Ávila, Exclamações, 8


Casas do Senhor VII: Catedral de Santa Maria em Tóquio

Construída entre 1963 e 1964, a Catedral de Santa Maria é a sede episcopal da arquidiocese de Tóquio, no Japão. Foi construída no mesmo local onde ficava a catedral antiga, construída em 1899 e destruída durante a Segunda Guerra Mundial.

Com uma área de 15,1 mil metros quadrados, foi projetada pelo arquiteto Tange Kenzo e pode abrigar 600 pessoas sentadas e 2000 de pé na nave principal.

Construída em estilo moderno, a Catedral de Santa Maria tem uma estrutura de oito paredes curvas quase perpendiculares que formam uma grande cruz. O brilho dos suportes de aço inoxidável do lado de fora do edifício simboliza a luz que Cristo faz brilhar sobre o mundo e sobre os corações dos homens. As paredes de concreto evocam as palavras do Salmo 18, versículo 2: "O senhor é minha rocha e minha fortaleza; o meu libertador é Deus". Elas mostram como Deus é o pilar e a fundação de todos os homens.

St. Mary's Cathedral - Kenzo Tange
St. Mary's Cathedral - Kenzo Tange